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Mega Review Call of Duty-Black Ops

Enquanto o modo de um jogador era tenso e cheio de ação, o multiplayer levava a experiência à um novo patamar, dando um valor impressionante à cooperação e ao trabalho de equipe para que um lado fosse vencedor. Todos vocês conhecem o sucesso que Modern Warfare atingiu, então acho desnecessário discorrer sobre isso.

Modern Warfare 2 só ampliou o jogo, com mais modos de multiplayer e uma continuação de história excelente. Infelizmente, nada posso dizer com precisão do jogo, já que minha época de lan house passou há muito tempo atrás, bem antes do lançamento do título. E meu Xbox 360 também não teve lá muita oportunidade de analisar o jogo como se deve.

Para suprir essa necessidade, no entanto, vamos falar da sequência espiritual da franquia. A nova tentativa da Treyarch no campo de guerra em primeira pessoa.

Sim, Treyarch… E não precisam sair correndo. Tenho coisas muito educativas pra dizer sobre Call of Duty: Black Ops.

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Provavelmente por causa dos rios de dinheiro que a Activision ganhou com o quarto título dessa franquia, ela resolveu começar a lançar um por ano. Modern Warfare veio em 2007, desenvolvido pela Infinity Ward, subsidiária da empresa em questão. No ano seguinte tivemos Call of Duty: World at War, primeira tentativa da Treyarch, desenvolvedora de vários jogos inspirados em filmes (pausa pra vômito) na nova geração de videogames de emplacar um jogo da série. Infelizmente, Segunda Guerra Mundial – mesmo com zumbis – é um tema muito desgastado, e World at War foi ofuscado em relação à seu antecessor.

2009 trouxe a sequência do jogo da Infinity Ward, que gerou grana suficiente pra limpar cavidades anais de milhares de pessoas durante um ano inteiro. Mas aí as coisas começaram a dar errado, rolou aquela briguinha entre a gigante Activision e a desenvolvedora que nada tinha o que fazer… E a empresa maior resolveu mandar todo mundo embora. Nada de Modern Warfare mais, pelo que parece… Ao menos, não pela desenvolvedora que fez ele famoso.

É a hora da Treyarch entrar chutando porta, né? O título da série de 2010 era dela, e era a chance de provar que ela consegue fazer coisa boa: O desafio de apagar vários jogos ruins e trazer pra nova geração um título que fosse envolvente, empolgante e com potencial pra jogo infinito, assim como foram os predecessores da franquia.

E o resultado?

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Ok, início de jogo e a gente já entra na viagem que é Black Ops, com várias telas aleatórias sendo mostradas pra nós. Somos apresentados então ao Capitão Alex Mason, personagem principal da história. Mas ele está preso, num tipo de instalação do governo americano que o interroga incessantemente, com uma voz camuflada por efeitos sonoros. O interrogador questiona sobre o que ele sabe, sobre o que ele fez. E Mason dispara eternamente que não sabe de nada que está acontecendo, e que não há nada para ser dito. Mais imagens psicodélicas começam a aparecer, e o jogo começa finalmente…

Com um flashback.

Mason está em Cuba, num bar que toca salsa, conversando com companheiros. Eles têm uma missão ali: Derrubar Fidel Castro, da maneira mais brutal possível. Enquanto discutem o plano, soldados comunistas aparecem no local e começam a causar tumulto, interrogando Mason e seus compadres. É nessa hora em que eles revidam, roubam as armas dos soldados e partem pra cima da galera. E é aqui que você começa a controlar o nosso amigo.

Não posso e nem quero dar mais detalhes do que acontece nesse tempo. Isso tá aí pra você descobrir. Mas o que posso dizer é que Call of Duty Black Ops é todo centrado nesses pequenos flashbacks de Mason, que vão formando o quebra-cabeça imenso que é o modo campanha do jogo. Sim, nós temos uma história aqui. Todas essas cenas se passam na Guerra Fria comendo solta e Vietnam no ápice. Período de tantas missões secretas e guerras não-contadas.

Black Ops já se ganha pelo seu enredo. Mas eu quero contar mais sobre a parte Call of Duty dele.

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Temos uma jogabilidade bem centrada no que a gente já conhece de Call of Duty: Um tiro em primeira pessoa com destaque pra eficiência do trabalho em equipe. Analisando os tantos tiros que disparei nesse jogo, eu até senti um feeling parecido com o que rolava em Modern Warfare, principalmente no multiplayer.

Mas aí tem os adicionais. O jogo também é bem dinâmico, lotadíssimo de armas. Sério, o armamento que é apresentado aqui é quase que infinito! Armas russas, americanas, chinesas… E é só o início. E do mesmo jeito que os seus predecessores, cada arma tem possibilidade de customização de acordo com o tempo. No modo campanha, você vai achando variações das armas ao longo das missões. E no multiplayer são destravadas novas possibilidades de adendos às armas que você carrega.

A Treyarch fez um trabalho exemplar nos gráficos. Todos os cenários são impressionantes a ponto de deixar Modern Warfare no chinelo. E cada parte do jogo reflete essa qualidade, passando para o jogador exatamente a experiência que era pra ser: Você se sente na guerrilha quando o jogo adentra as florestas do Vietnã. Viaja junto com Mason quando ele invade bases inimigas chutando portas e atirando em tudo que se move.

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Essa é outra chave do gameplay: Não só você participa do tiroteio comum, mas em várias cenas a sensação é de estar acompanhando um filme de ação. Não foram em poucas ocasiões em que eu gritei de empolgação com o que o personagem principal faz. Seja dirigindo motos, carros, caminhões, barcos e helicópteros, assim como explodindo tanques com mísseis, toda a experiência de ação no jogo é muito maior e mais empolgante que qualquer QTE que você já viu. A interatividade em todo o jogo está presente, e é impressionante.

Aliás, não podemos esquecer que estamos falando de um jogo de Black Ops. E todo esse caráter de espionagem e operações especiais está presente durante a história. Existem eventos especiais onde você se esgueira para conseguir cortar algumas gargantas de inimigos desatentos, e quando você consegue se aproximar sem ser visto, a cena de execução do pobre desavisado é muito excelente.

Por último, o clima do jogo é todo da Guerra Fria. Vemos figuras icônicas do período durante a história, incluindo JFK e Fidel Castro, fielmente representados. E, como não poderia deixar de ser, qualquer história durante esse período é recheada de complexidade. O que é impressionante para um jogo que, teoricamente, é muito mais dedicado à multiplayer. Esse atributo é visto na duração da campanha de um jogador: apenas cinco horas. Mas tem mais que eu quero contar, calma.

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Como eu já disse ali atrás, Call of Duty foi feito para multiplayer. Desde o Modern Warfare, que colocou o trabalho em equipe em primeiro lugar nas partidas de vários jogadores e foi o primeiro jogo da série a utilizar o apoio da Live e da PSN que a série vem dando um foco todo especial nessa parte. E no Black Ops não há nada tão diferente assim: Quem jogou um CoD jogou todos eles em relação à isso.

A parte excelente desse modo aqui é que agora pode-se colocar até quatro pessoas numa sala local. Ou seja, se você tiver quatro controles do seu Xbox ou do seu PS3, é possível juntar uma galera pra fazer um 2×2 frenético na sala da sua casa. Se alguém aí gritou “GoldenEye”, é exatamente esse o sentimento que eu quero invocar. É uma pena não ter a campanha cooperativa também, mas é perdoável.

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Enfim… Essa é geralmente é a hora em que eu falo de algum defeito do jogo. Começo a dizer que tem algum bug ou que é curto ou que a história é confusa. Mas eu devo anunciar por meio dessa que a minha seção de reclamação para com os jogos foi TOMADA POR ZUMBIS OH MEU DEUS!

Sim, meus queridos. Seguindo o exemplo do predecessor espiritual World at War, Black Ops tem um modo zumbi EXCELENTE!

Dividido em modos singleplayer, multiplayer de tela dividida e multiplayer pela Live/PSN, Zombies consiste apenas em um modo horda onde você tem que sobreviver o máximo que conseguir às ondas contínuas de zumbis. Eles adentram por lugares específicos, que dependem do mapa, e constituem as suas únicas barreiras para que você não seja atropelado. Essas barreiras podem ser reconstruídas, enquanto você tenta ir abrindo caminho para obter novas armas e, consequentemente, matar mais zumbis.

E é EXTREMAMENTE DIVERTIDO encarar esse modo no multiplayer local. O suporte é pra apenas duas pessoas, mas ainda assim já é muito desespero e cabeças zumbis voando.

Sem contar o que rola no final da campanha singleplayer, que melhora o modo zumbi ainda mais… Mas aí eu estou falando o que não devo.

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Veredito:

Call of Duty: Black Ops é a mistura perfeita de Metal Gear Solid com o tiro em primeira pessoa já conhecido da primeira franquia. Todo o clima de Guerra Fria e o envolvimento com missões secretas é representado de maneira ímpar aqui, e tudo com o complemento de uma jogabilidade exemplar para qualquer jogo FPS que por ventura vier depois. Como sempre foi com CoD.

Todos os personagens, a história, os cenários, se encontram numa harmonia tão grande que você não se sente jogando. Falando de um jeito que todos irão entender: Black Ops é o melhor filme de ação que eu já assisti. E estou levando em conta muita coisa pra falar isso. Claro, não assisti Mercenários ainda, então perdoem a minha generalidade abusiva, mas eu ouso dizer que o jogo está nesse patamar quando comparado à um filme.

A Treyarch fez o melhor jogo dela de todos os tempos. E talvez, só talvez, seja também o melhor Call of Duty até hoje.

Call of Duty: Black Ops
Ação/FPS
Desenvolvido pela Treyarch, distribuído pela Activision
PC, Xbox 360, Wii, PS3, Nintendo DS
Utilizada a versão de Xbox 360 para essa resenha.
Modo Campanha terminado uma vez, multiplayer e modo Zombies testados.

Parabens http://www.puropop.com.br

1 comentários:

joão gostoso mandou a ver e disse:

Legal!!!Continue com o blog assim!

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