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A História do VideoGame

Desde a criação do primeiro jogo virtual, o pong, até o Playstation 3. Uma viagem na história dos consoles e dos games que marcaram todas as gerações.

A História dos Games - por Leo prosopopeio Cardoso

Seja como distração habitual, passatempo, hobby, compulsão obsessiva, ou até mesmo uma esporádica forma de rivalidade entre amigos, são poucos aqueles que nunca tiveram contato com o mundo virtual dos games, tão fascinante e encantador. Essa maravilha tecnológica, que vem evoluindo mais do que qualquer outra forma de entretenimento doméstico, sempre foi alvo de um mercado consumidor, louco por lançamentos e novidades, que devoram todos os produtos relacionados a essa febre virtual. Tornando, assim, a indústria dos games uma das áreas mais lucrativas e dinâmicas da eletrônica no século XXI.

Pouco ou muito, é inegável a influência que o vídeo game exerceu (e exerce) em seus inúmeros jogadores, espalhados pelos quatro cantos do planeta. Sempre que vejo reportagens sobre a influência de jogos de violência nas atitudes dos jovens, me pergunto: Será mesmo que aquele americano esquisito entrou atirando em todo mundo na escola só porque jogou muito Grand Theft Auto?! Ah! Claro que não... Se fosse assim, toda minha geração, da década de 80, que cansou de jogar Pacman no Atari 5200, estaria correndo em salas escuras, ouvindo músicas eletrônicas repetitivas e comendo pílulas mágicas que nos dão super poderes...

Ironias a parte, em meio à sétima geração de vídeo games, numa disputa alucinante de mercado entre a Sony, a Microsoft e a Nintendo, e com milhares de lançamentos de títulos para PC`s, vídeo games portáteis, joguinhos de celular, emuladores, mini-games brindes de lanchonetes e jogos virtuais em Java e Flash - até TV a cabo tem um canal com jogos pixelados em poucos bits– nos encontramos, mais do que nunca com uma gama incalculável de opções de diversão. Diversão, sim. Pois, esse é o princípio base e objetivo de todo game que permanece, e sempre permanecerá, independente de sua geração.

O videogame, nesses quase 50 anos de história, conseguiu unificar quase todos os aparelhos de entretenimento doméstico que uma família de classe média possui, em apenas uma plataforma. Se pararmos para pensar, fica difícil imaginar até onde essa gigante indústria de jogos crescerá... Por isso resolvemos fazer essa matéria, que, dividida em quatro partes, contará em poucas palavras a história dos jogos virtuais, desde o primeiro protótipo de Pong em 1958 até o Playstation 3, em 2007.

Os consoles domésticos, como todo mundo sabe, são divididos em gerações:

Primeira Geração

Magnavox Odyssey 100 (1972-1973)

Pong doméstico (1975)

Telejogo (1977)

Segunda Geração

Fairchild Channel F (1976-1977)

Atari 2600 (1977-1989)

Magnavox Odyssey² (1978-1984)

Intellivision (1980-1984)

Colecovision (1982-1984)

Atari 5200 (1982-1984)

Intellivision II

SG-1000 (1983)

Terceira geração

Famicom / Nintendo Entertainment System (NES) (1983-2003)

Sega Master System (1986-1992)

Atari 7800 (1986-1991)

Quarta geração

TurboGrafx 16 / PC Engine (1987-1996)

Sega Mega Drive / Sega-CD (1988-1998)

NeoGeo / NeoGeo-CD / NeoGeo CDZ (1989-2004)

Super Nintendo / SNES (1990-2003)

Quinta geração

3DO (1993-1995)

Atari Jaguar (1993-1996)

Sega Saturn (1994-1999)

PlayStation (1994-1999)

Nintendo 64 (1996-2001)

Sexta geração

O Sega Dreamcast foi a última consola da Sega. A Sega parou de fazer consoles e passou a se dedicar apenas produzir games depois Do fracasso de vendas do Dreamcast. Recentemente 10 novos títulos para o console foram inesperadamente lançados no mercado Japonês, e, para surpresa de todos, venderam bem. (1998-2002)

O PlayStation 2 da Sony foi a sucessora da primeira consola, PlayStation. (1999-2006)

O Nintendo GameCube foi o quarto console da Nintendo, e também já está inativo.(2001 - 2006)

O Xbox foi o consola de estréia da Microsoft, Bill Gates chega com tudo no mercado de games.. (2001-2005)

Sétima geração

O Xbox 360 da Microsoft foi lançada em 22 de Novembro de 2005 e, atualmente, segundo os críticos, é o console que tem maior utilização de seu potencial.. (2005 - )

O PlayStation 3 da Sony foi lançada no Japão no dia 11 de Novembro de 2006, nos Estados Unidos foi em 17 de Novembro de 2006 e na Europa e Oceania em 23 de Março de 2007. Se destaca pelo poder gráfico!

O Wii da Nintendo foi lançada nos Estados Unidos em 19 de Novembro de 2006, no Japão em 2 de Dezembro de 2006, na Europa em 7 de Dezembro de 2006 e na Oceania em 8 de Dezembro de 2006. Seu destaque é a jogabilidade inusitada...

Primeira Parte: O Início de tudo... (1958 – 1985)

Hoje, vídeo game é essa obra de arte que vocês estão acostumados, mas nem sempre foi assim. Para quem entende do assunto, sabe que essa evolução é conseqüência do aumento do número de polígonos, uso do anti-aliasing, memórias ram maiores para acabar com os slow downs, ótimos processadores, com frame rates mais rápidos, e uma quantidade inimaginável de Pixels...
Traduzindo, para os games chegarem a seu auge passaram por um processo muito grande de desenvolvimento, estudo e produção, que se iniciou em 1958 com o primeiro game da história O PONG. O criado do jogo era um dos cientistas envolvidos na criação da bomba atômica e fez o jogo para aumentar as visitas a seu laboratório. Naquela época, estávamos no pico da guerra fria, e os americanos costumavam, pelo menos uma vez por ano, organizar excursões ao laboratório do exercito para conhecer, de perto, o poderio nuclear do Tio Sam, coisa de americano mesmo... Naquela época nem se imaginava que você poderia ter em casa uma máquina de entretenimento eletrônico, os games para serem jogados precisavam de enorme mainframes, um trambolho gigante. Para aparecer o primeiro vídeo game doméstico ainda faltava muito.

O PONG: Primeiro jogo virtual do mundo, foi criado pelo físico Willy Higinbotham, que queria chamar atenção, com o game, para seu laboratório, Brookhaven National em New York. O simples simulador de tênis, que era mostrado em um osciloscópio e processado por um computador analógico, continha apenas dois pauzinhos que rebatiam uma bola, de uma lado para o outro. Após alguns anos, como o game fez muito sucesso e aumentou e muito a visita ao laboratório, sofreu algumas sofisticações e virou o “Tennis Programming”. Como Willy não patenteou o game, morreu em 1995 sem ganhar nem um centavo pela criação.

(1972) O primeiro vídeo game doméstico: Magnavox Odyssey 100

A importância de PONG se dá na história dos games, porque ele foi o marco inicial para o aparecimento de sucessores jogos virtuais (como o SpaceWar! de Stephen Russel, em 1962) e, consequentemente importante, para nascer o primeiro Vídeo Game doméstico no ano de 1972.

Tudo começou em 1949, com uma brilhante idéia do engenheiro Ralph Baer: “Por que não fazer uma televisão interativa?” Mas, só apenas em 1972 a empresa de tecnologia Magnavox começou a encaminhar o desenvolvimento de Odyssey, uma plataforma que conectado a Tv te proporcionaria divertimento. Na mesma época Nolan Bushnell (um jovem estudante de engenharia eletrônica, formado na Utah University em 1968, empregado da Ampex) começa a trabalhar em SpaceWar! (game de apenas 2KB) e termina criando Computer Space, o primeiro árcade da história, uma verdadeira revolução. Bushnell, alguns anos mais tarde cria uma pequena empresa chama Atari, que, com certeza, você conhece.

ODYSSEY: Tem o título de primeiro vídeo game do mundo, era uma caixa preta e branca com controles tipo disco. O videogame vinha com algumas placas de circuito impresso externas, os jumpers (cartuchos rudimentares). Foram lançados 12 títulos a maioria de esporte. Nos jogos de tiro podiam ser usados rifles. O console era tão simples que acompanhava alguns cartões plásticos para serem colocados na frente da Tv na tentativa de dar mais realismo, como o campo no jogo de tênis, por exemplo. Só no ano de lançamento foram vendidos 100 Mil vídeo games e 20 mil rifles, um sucesso que, com o passar dos tempos virou um fracasso de vendas...

Atari: A empresa que deveria se chamar Syzygy mudou para Atari pois o estranho nome já estava patenteado por uma construtora (graças a deus). Atari significa um cheque mate no jogo de tabuleiro GO, muito famoso entre os japoneses. O logotipo do atari é uma reprodução do monte Fujiama, a montanha mais alta do Japão. Atualmente Atari é uma das maiores produtoras e distribuidoras de jogos do mundo.

(1977) O golpe de mestre de Bushnell

Bushnell tem seu golpe de mestre e faz um arcade com PONG. Esse lançamento vendeu tanto que a Atari não conseguiu produzir fliperamas suficientes para a demanda de compradores, o que deu caminho para outras empresas de produção de jogos aparecessem no mercado. Assim apareceram, junto com o Atari 2600, Fairchild Channel F, Magnavox Odyssey² e o Intellivision. Nasce a segunda geração de consoles e o mercado de vídeo games explode em concorrência, lançamentos e disputa para ver qual o melhor vídeo game do mundo.

O crescimento da indústria (1980 – 2001)

(1980) Reinado da Atari ameaçado:

Uma das maiores produtoras de brinquedos dos EUA na época, Mattel, resolve entrar no mercado de jogos eletrônicos e lança o console Intellivision, que terminou fazendo mais sucesso até que o game Space Invadres, para o Atari 2600. Foi o começo de uma nova era: a concorrência das empresas soltava faísca no mundo do entretenimento. Em 1982, O Colecovision, videogame com excelentes gráficos e bom poder sonoro para a época, chegou as prateleiras das lojas de eletrônicos, e, mesmo custando 75 dólares a mais que o Atari, teve um poder de venda incrível. O console trazia jogos que era uma mistura de fliperamas com plataformas domésticas, e conseguiu vender um milhão de de unidades apenas no primeiro ano (um enorme sucesso para a época). A Atari, então, lança o 5200 para competir com o Colecovision. Foi nessa época, com a concorrência em pano de fundo, que apareceram clássicos dos games como Battlezone (primeiro 3D em primeira pessoa), o Pac Man (o famoso come-come, da Namco) e Donkey Kong (o game que, futuramente, faria a explosão da poderosa Nintendo). Nesse começo de década surgiu também, junto a terceira geração de consoles, o MSX, um misto de computador com videogame, mas que não fez tanto sucesso como era esperado.

(1984) Quase o Game Over para os videogames.

Esse foi um ano trágico na história dos videogames. As vendas caiam, os games pareciam sempre repetitivos e nenhuma novidade era criada, para chamar atenção ao setor. Os consumidores deixaram de se interessar pelos consoles: Primeiro pelo aparecimento dos computadores domésticos, que custavam em torno de U$200,00 e tinham muitas funcionalidades – além de jogos eletrônicos – enquanto um Atari 5200 custava U$150,00 - e só servia para jogar. Segundo, as produtoras de games estavam lançando, desesperadamente, jogos comerciais, para divulgar marcas, empresas e produtos, as resultadas eram games que exploravam o marketing, mas não eram divertidos. Refrigerantes, fast foods, automóveis...

Foi aí que a Nintendo, lá na terra do Sol nascente, começou a produzir o NES, o console que, futuramente, salvaria a indústria dos jogos eletrônicos (Ufa!). A estreante empresa se juntou às novas softhouses independentes e passaram a desenvolver ótimos jogos (por exemplo a Hudson – Bomberman - e a Namco – Galaxian). Em 1985 A Nintendo começa a vender seus consoles nos EUA, com a condição de recomprar todos os videogames caso as unidades ficassem encalhadas nas lojas, já que os comerciantes estavam desacreditados com o setor. Resultado: a proposta da Nintendo em fazer um console que não fosse apenas um brinquedo, mas uma máquina de entretenimento, deu bastante certo. Super Mario Bros virou mania no mundo todo, Legend Of Zelda já nasceu para se tornar clássico. O NES vendeu bastante nos EUA, ótimos jogos foram lançados e a indústria dos games voltam a funcionar, com o aparecimento da Sega, do MSX2, do Atari 7800, Mega Driver e do incrível Master System. A história do videogame estava salva, graças ao NES, Nintendo Eintertainment System, Nintendinho, que, , após sua evolução para o Super Nintendo – e a consolidação da franquia Super Mario - dominou o mercado em 80% até o aparecimento da 5ª geração de consoles: Playstation 1 da Sony, Nintendo 64 da Nintendo e DreamCast da Sega).

Nintendo: Empresa Japonesa, que sua tradução quer dizer “deixe nas mãos do céu”, foi criada por Fusajiro Yamauchi em 1889. Começou fabricando um jogo de baralho oriental, chamado Hanafuda, impresso em papel. Atualmente, é uma das maiores produtoras de videogames do mundo, responsável pelos personagens de maior sucesso dos games, como o Mario Bros, Donkey Kong e Link. Em 2006 lançou o console “next-gen” Wii, um sucesso de vendas, que aposta em uma jogabilidade inovadora, mas peca no aspecto gráfico.

Sony: É uma multinacional japonesa, no mercado desde os anos 70. Ela fabrica uma infinidade de produtos eletrônicos, tais como aparelhos de televisão, som, DVDs, CDs, home theaters, câmeras digitais, computadores, etc. Atualmente é a que tem o videogame mais poderoso de todos, o qual, pelo elevado preço, não tem vendido tanto quanto seesperava... Depois do grande sucesso do PSOne e do seu sucessor PS2, a empresa aposta todas suas fichas na máquina mais desejada de entretenimento doméstico da história: O PS3.

Sega: Empresa fundada em Honolulu em 1940, é desenvolvedora de software e hardware para videogames, e uma antiga produtora de consoles. A companhia tem tido sucesso tanto no mercado de arcades quanto no de consoles caseiros, apesar de estar fora desse último setor desde 2001, quando “quebrou” no lançamento do DreamCast. Seu personagem carro chefe é o Sonic, um porco espinho azul, cultuado por grande parte dos game maníacos. Autalmente é responsável por diversos jogos para todas as plataformas, mas, na sétima geração se juntou a Nintendo para produzir o primeiro game em que Mario e Sonic se encontrarão nas olimpiadas.

(1988) A primeira grande polêmica:

A violência de jogos como Mortal Kombat e Night Trap abalaram os cidadãos e, consequentemete, o Senado Americano. Os senadores lançaram uma investigação, com o objetivo de banir tais jogos, para saber como a violência dos jogos interfere na vida dos usuários. As empresas de videogame usam esta ocasião para se atacarem e criticarem. Um duelo entre Sonic e Mario.Foi aí que apareceram os sistemas de censura por faixa etária, e como polêmica gera lucro, nasceram jogos ainda mais violentos.

(1990) Uma década mais que importante.

A partir da explosão da Nintendo as produtoras começaram a avaliar o porquê de tanto sucesso e as coisas começaram a mudar com as empresas prestarando atenção no mercado e descobrindo que para ter sucesso deveriam seguir quatro princípios básicos:

·Fazer o lançamento do console primeiro que todo mundo.

· Muita publicidade e muito marketing com os personagens símbolos da empresa.

· Parceria com softhouses, como Konami, Capcom, Enix, Sunsoft, Taito e Square, para lançar jogos inovadores e divertidos.

· Excelentes profissionais, como Shigeru Miyamoto, pai de Mario, Zelda e Metroid.

A evolução de 8 bits, para 16 bits, para 32 bits e até chegar no Nintendo 64 (bits) transformou o que era um brinquedinho de criança a uma máquina potente, com ótimos gráficos, sonoridade impecável e bastante rentável para empresas de tecnologia. Então, a Sony entra no jogo e lança o videogame que eu me apaixonei à primeira vista, o Playstation 1, em 1994, o console que ficou famoso por apostar no CD rom!

Foi nessa época que os jogos 3D tomaram espaço: Super Mario 64, Tomb Raider e Final Fantasy VII. Um realismo jamais visto. Eu me lembro de três consoles bem importantes:

.Sega Saturn(1995), rodava jogos em CD ROM. Os games preferidos? Virtua Fighter, Daytona USA, Virtua Cop, Sega Rally,Panzer Dragoon, NiGHTS into Dreams. Vendeu 10 milhões de consoles. Lançado no Brasil pela Tec Toy.

.Playstation One (1995), da novata Sony. Eu joguei até detonar: Final Fantasy, Chrono Cross, Metal Gear Solid, Castlevania: Symphony of the Night,Tekken, Ridge Racer. Uma biblioteca gigante. Tornou-se o líder da geração, com 100 milhões de consoles. Infelizmente aqui só tinham consoles importados, pois não foi lançado no Brasil.

.Nintendo 64 (1996), possuía 64-bits. Por manter o formato de cartucho a maioria dos títulos era produzido pela própria Nintendo: Super Mario 64, The Legend of Zelda: Ocarina of Time, F-Zero X, GoldenEye 007, Banjo-Kazooie, Perfect Dark. Garantiu o segundo lugar com 33 milhões de consoles. Lançado no Brasil pela Gradiente.

Terceira Parte: As novas gerações (2000 - 2007)

(1998) Sega Dreamcats, o primeiro console de 128 bits – PS2, GameCube e Xbox.

O marco inicial para o aparecimento da sexta geração de consoles foi o DreamCast, da produtora Sega. O videogame, no início, obteve boas vendas mas, com o anuncio do lançamento do Playstation 2, no ano seguinte, um videogame que teria um potencial muito maior que o Dreamcast, a empresa Sega deixou de fabricar a plataforma para se dedicar exclusivamente produção de games. O DreamCats tinha uma estratégia de vendas perigosa: obter lucros com a circulação de jogos e patentes, vendendo o console por um preço abaixo do custo de produção. Esse fracasso acarretou uma grande perda de poder da Sega no mercado de entretenimento que, até hoje, não conseguiu se reestruturar como uma fabricante de plataformas.

Já o Playstation 2, lançado em 2000, prosseguiu com o sucesso do PSOne e rendeu mais de 100 milhões de dólares em 5 anos de produção para a Sony. A iniciativa de colocar jogos em DVD no mercado e a exclusividade com grandes produtoras de jogos foram os pontos mais importantes para que o Playstation 2 se tornasse o videogame mais desejado de sua geração.

A experiente Nintendo, durante a sexta geração de games, ficou muito atrás da Sony. Até o nome do seu novo videogame, que antes era conhecido como Dolphin, foi mudado de última hora para GameCube, um verdadeiro quadradão com 4 entradas de controles, mídia em disco um desconhecido disco mini-DVD, gráficos piores que a concorrência e nenhuma surpresa. Resultado: A Nintendo conseguiu vender apenas 10 milhões de unidades, para a gigante empresa, um fracasso.

Correndo por fora, a Microsoft resolveu entrar no mercado de videogames domésticos: Assim apareceu o xbox, primeiro console assinado pelo Bill Gates. A Microsoft também apostou na mídia DVD e ainda incrementou um disco rígido no xbox para armazenar saves, jogos e músicas. Para a susrpresa dos críticos de games, o console chegou ao segundo lugar de vendas da sexta geração, com 55 milhões de unidades espalhadas pelo mundo todo. Mesmo com a pouca quantidade de jogos exclusivos.

DreamCast, O Revolucionário que não deu certo: Totalmente criativo e inovador: Direcional analógico, VMU (um memory que também era um mini-videogame), primeiro videogame com suporte online e games para ser jogados na internet. Uma saída maravilhosa: Apenas no primeiro dia de lançamento o console rendeu 100 milhões de dólares aos cofres da Sega, um record! Mas, uma falha de estratégia de vendas e um lançamento atrasado do console fez com que a empresa fosse obrigada a parar de produzi-lo e se tornasse apenas uma desenvolvedora de games. Nem seu mascote mais poderoso, Sonic, conseguiu manter o Dreamcast nas prateleiras das lojas de games. Uma pena, para a empresa que, um dia, já foi a mais poderosa de todo o mercado de entretenimento eletrônico.

Atualmente a Sega continua produzindo jogos para as mais diversas plataformas. Esse ano será lançado para o Wii o game Mario & Sonic at the Olympic Games, baseado nas olimpíadas de 2008, que, pela primeira vez na história terá como protagonista Sonic e Mario juntos.

(2000) Sexta Geração: Brasil esquecido.

O mercado brasileiro, supersaturado de jogos piratas desde a época do Super Nintendo, foi totalmente esquecido pelas grandes empresas. Para conseguirmos um console e mendigarmos alguns jogos tínhamos que importá-los, sofrendo com tarifas alfandegárias e impostos enormes. A pirataria, que já era um grande problema – principalmente do setor de entretenimento eletrônico – explodiu no Brasil e em países de terceiro mundo que não tiveram lançamentos nacionais dos videogames. Games que, com a importação, custariam cerca de 200 reais, passaram a ser vendidos, em camelôs de qualquer esquina, por 10 reais, uma pechincha irrecusável para quem pretende ter pelo menos mais de um jogo para seu console.

Felizmente, pelo menos a Nintendo, em 2003, passou a ser representada pela empresa Gradiente e seus consoles passaram a chegar com mais facilidade às terras tupiniquins. A Tec Toy, que sempre foi a responsável pelos lançamentos de importantes consoles no Brasil, simplesmente desapareceu.

Atualmente a pirataria continua à tona, com uma fiscalização imperceptível do governo. A Microsoft recentemente baniu os proprietários de videogames “destravados” de sua comunidade virtual (Live), para conseguir se reconectar, os jogadores tiveram que comprar outro console. A Sony, apostou em uma mídia chamada Blu-Ray (com espaço de 50 GB), como um disco virgem custa muito caro, a empresa pretende acabar de uma vez por todas com os games “genéricos” para sua plataforma.

Portáteis: A Nintendo, desde o lançamento do GameBoy, sempre foi soberana no setor dos portáteis, principalmente quando, sem concorrência alguma, revolucionou o videogame para o Game Boy Advanced. Muitas empresas tentaram concorrer como a Bandai, com o WonderSwan Color, a SNK com o Neo Geo Pocket Color, e a Nokia, com uma mistura de celular e videogame, o N-Gage, mas nenhuma teve sucesso sucesso. Os telefones celulares também se tornaram uma plataforma popular, cheias de utilitários e, claro, jogos virtuais.

Em 1994 a Nintendo lançou o Nintendo DS, um por´tatil revolucionário com tela sensível ao toque e um microfone embutido, capazes de interagir com diversos jogos. A Sony, por sua vez, lançou o PSP (Playstation Portable) que, utilizando a mídia UMD, se tornou uma plataforma de entretenimento: mp3 player, dvd portátil, videogame e milhares de outros utilidades criadas de forma caseira pelos hackers do homebrew. Para setembro de 2007, com lançamento no Japão, a Sony programa a chegada do PSP Slim, uma forma incrivelmente mais leve e reduzida do Playstation Portable.

(2005) A chegada da Sétima Geração, com o Xbox 360.

Depois do repentino sucesso de estréia da Microsoft no mundo dos games, com uma ótima estratégia de vendas, a empresa lançou seu videogame de sétima geração antes de todas as outras. O xbox 360 tem um ótimo potencial gráfico e trabalha com mídia HD-DVD, discos que podem armazenar até 25 GigaBytes de dados. O potencial gráfico extramamente real do console era exatamenteamente o que os novos jogadores procuravam em um videogame, já que o Playstation 2 já parecia ultrapassado. O resultado foi que o xbox 360 se tornou um sucesso de vendas.

A Nintendo lançou o Wii em 19 de Novembro de 2006 no Japão e a Sony com seu Playstation 3, lançou em 11 de Novembro de 2006 no Japão, 17 de Novembro de 2006 nos EUA e em Março de 2007 na Europa. Ambos tem controles com sensores de movimento, para revolucionar a forma de jogar. A grande diferença é que a Nintendo aprendeu a lição – depois do fracasso de seu GameCube – e , como não podia acompanhar o potencial gráficos das concorrentes, apostou em uma jogabilidade mais que inovadora: o Wii Mote é um controle que reflete perfeitamente os movimentos corporais do jogador no gameplay do jogo.

Na sétima geração de games, os jogadores devem escolher entre:

Xbox 360: Um videogame que já alcançou todo seu potencial, com uma gama de títulos excelentes e ótima qualidade, apesar de já estar um pouco velhinho. O console também tem dado muitos defeitos técnicos, com o aparecimento do batizado “anel vermelho da morte”.

Playstation 3: Gráficos mais que realistas, sonoplastia arrasadora e o tradicional controle do Playstation, agora com a função de sensor de movimento e sem fio – o Sixaxis. Infelizmente o catálogo de títulos do console ainda não está tão amplo como os sonystas esperavam, mas, até ano que vem chegará o GTA IV, o MGS4 e o novo Final Fantasy. O console utiliza a mídia Blu-Ray (que suporta até 50 Gb de informações).

Wii: O videogame mais inovador da atualidade, embora com gráficos fracos. A Nintendo resolveu apostar numa jogabilidade totalmente inovadora: Os controles Wii Mote e Nunchuk, mão direita e mão esquerda, servem como sensores que reproduzem os movimentos do jogador no game. Já pensou fazer os movimentos de Mario e do Link? Agora é possível.

(2007) Quem está liderando o mercado atualmente?

Até o fechamento desta matéria o famoso site http://nextgenwars.com mostrava o seguinte quadro, no ranking de vendas de videogames:

XBOX 360: 11.008,802.
WII: 9.905.361
PS3: 4.182,348.

Os dados obtidos têm como fonte uma média entre as mais importantes pesquisas, são números estimados. Mas, o que não de pode discutir, é o enorme sucesso que o xbox 360 tem feito em meio aos gamers. Parabéns para a Microsoft pela iniciativa arrojada no timing do lançamento da plataforma, em 2005, antes de todo mundo e pela ótima qualidade de seu console, apesar de ser apenas segunda experiência da empresa no ramo. Tio Bill Gates não ia dar uma bola fora, né?

E O FUTURO? O QUE ESPERAR DAS PRÓXIMAS GERAÇÕES DE GAMES?

Em meio a tanta disputa, realidade virtual, gráficos sensacionais e processadores de videogames tão poderosos quanto de um computador de última geração, ninguém sabe aonde a gigante indústria de jogos eletrônicos chegará daqui a alguns anos.

Há pelo menos 3 correntes que discutem sobre o futuro dos videogames:

O PC é o futuro dos games: Roy Taylor, um dos diretores da NVIDIA (empresa norte-americana que fabrica peças de computador), em entrevista para um famoso site de games, diz que os computadores são o futuro dos jogos eletrônicos. Para isso ele comenta que não existe mercado para console na China, Coréia ou Índia e provavelmente nunca existirá, mesmo que esses sejam os lugares mais populosos do mundo. O poder e a liberdade que o PC oferece, nenhum console consegue atingir. Também comenta que com o console, você esbarra no limite de 1900x1080 e 2Mpixels, já no PC, 2560x1600 e 4Mpixels com HDR e AntiAlisang e tudo mais. Segundo ele, o PC se adapta ao jogador, e não o inverso como acontece no console, e afirma que de 5 a 10 anos a resolução WUXGA de 3840x2400 e 9Mpixels já estará disponível aos games e que estamos no começo.
FONTE: http://www.ozone3d.net

O fim das mídias, o futuro é a distribuição digital: Os que acreditam nessa evolução afirmam que as plataformas de entretenimento do futuro deverão ter um disco rígido interno para armazenar os dados e uma boa conexão à internet para baixá-los. As novas gerações de consoles, xbox 360 e PS3, já apresentam essas características, menos o Wii, que não possui um vasto HD interno. Os computadores, que também são bastante utilizados como central de jogos eletrônicos, possuem esse importante elemento, além de ótimas placas de gráfico e som.

Caso os jogos, os games em si, passem para uma geração de distribuição eletrônica, possivelmente o seu preço dos títulos terá uma drástica queda com a diminuição dos gastos de produção, menos impostos, menos distância entre vendedores e compradores e um apelo ao “desenvolvimento sustentável” pelo corte na produção de caixas, papéis e mídias.

Porém, como nem tudo é um mar de flores, uma vez que os dados dos games ficariam todos armazenados dentro do console, se o videogame quebrasse, além de todos seus saves, seus jogos também desapareceriam. Um pesadelo!
FONTE: http://www.sbtdiversao.com.br

O futuro dos games está nos celulares: Essa teoria é defendida por John Carmack, conhecido como o guru dos videogames e o pai de Doom. Segundo profetizou em uma entrevista na CNN Money – na coluna “Game Over” de Chris Morris – no futuro os jogos eletrônicos migrarão, em sua maioria, para os celulares. Ele afirma que para o mercado atual é muito arriscado gastar, por exemplo, 20 milhões de dólares na criação de uma nova série de games e as seqüências como Quake 4 e Doom 3 ficarão bastante repetitivas e desestimularão os gamers. Carmack também acredita que, com a grande possibilidade de interação online nos games, os hackers facilmente encontrarão possibilidades em inserir vírus nos consoles, o que será uma catástrofe. O problema é que para os celulares se tornarem um grande centro de entretenimento seria necessário uma internet banda-larga 24h com um preço acessível. Até agora, uma utopia.
FONTE: http://money.cnn.com/

PS9: A Sony, para fazer marketing do PS2, há algum tempo publicou na internet um vídeo mostrando como são as expectativas da empresa para o console Playstation 9, que será lançado daqui a no mínimo 70 anos. O vídeo é uma ficção científica, mas, com as proporções de crescimento do setor, não podemos duvidar de nada. O link para conferir o trailer é esse:http://br.youtube.com/watch?v=XtHOP8h911I (Playstation 9).

Phil Harrison, o homem grande da Sony, afirma que possivelmente o Playstation 4 não terá disc drive físico.

Para os leigos, disc drive é o local do console no qual você coloca a mídia do game que pretende jogar.Você vai se perguntar: e como diabos funcionará o sistema de jogo? E eu respondo: através do modo online será possível fazer o download pago de diversas expansões para os games. O objetivo da Sony é fazer com que esse sistema pay-per-view funcione também para os games em sí, que seriam gravado no HD no console.

Segundo o Phil Harrison, em entrevista para a revista Wired, é necessário mudar o modelo dos negócios para alcançar novas maneiras de se chegar ao consumidor. O futuro está chegando. E, pelo jeito, a pirataria está ficando no passado.

Teoria dos jogos de continue. Em que o Atari é melhor que o PS3? Por “Leo prosopopeio” Cardoso

Auge tecnológico: Gasta-se milhões de dólares na produção de games com um potencial gráfico inacreditável, jogabilidade inovadora, sonoplastia arranjada por orquestras famosíssimas e enredos melhores do que muitos filmes de Hollywood. Motion Capture, Polígonos, Pixel´s, Frame Rate, Anti-Serrilhado. Processadores mais potentes que de qualquer computador doméstico. Gênios da digitalização enclausurados em salas escuras 24 horas por dia. Tudo isso em prol da indústria mais rentável do entretenimento doméstico, o videogame.

Cronologicamente divide-se a história dos consoles em 7 gerações, que, procurando rapidinho no Google, vamos de um simples 4 bits Magnavox Odyssey 100 (1972) à uma central que reúne a maioria dos aparelhos de diversão doméstica, o Playstation 3. Do PONG ao Grand Theft Auto IV há um espaço de mais ou menos 35 anos, bilhões de pixels, milhões de dólares e três ou quatro gerações de produtores de games. Mas sempre um único objetivo: promover a diversão dos jogadores.

Um dicionário qualquer fala sobre divertimento: entretenimento, distração, recreio... Mas no mundo dos games essa forma de se divertir vai além. Conseguir completar uma fase trás uma sensação de vitória. Derrotar um boss difícil nos dá um sentimento de dever cumprido. Passar daquele level que você estava parado há dias é um êxtase. Zerar um jogo, é motivo para comemorar. Ou não é? E deve ser por isso que os jogos eletrônicos sempre fascinaram jovens, velhos, homens e mulheres em todo o mundo.

Claro que nunca podemos generalizar, mas, essa diversão que a gente está falando é muito ligada à dificuldade do jogo. Quanto mais difícil conseguir cumprir o objetivo do game, maior será a euforia da vitória. Aí que está o problema. Essas “next-gen” têm uma proposta diferente: aumentar o tamanho do game em qualidade (gráfico, som e jogabilidade), criar infinitos novos modos de jogo, preencher um disco com 20 ou 30 GB de informação, tudo isso para proporcionar mais horas de game-play, e fazer com que o título seja um investimento financeiro rentável para o comprador: quanto mais tempo de diversão melhor. Enquanto em um Atari, por exemplo, a máxima era: quanto maior o nível de dificuldade, melhor.

Em Donkey Kong, River Raid, Frogger e Space Invaders (há bons 20 anos atrás...) você só tinha 3 ou 4 vidas para terminar um jogo inteiro, e, quando lá, alguns continues. Para quem jogou Alex Kid e até os primeiros Super Marios, sabe da quantidade de vontade, atenção, gana e reflexos investidos para ter a inexplicável sensação de zerar um jogo - com 3 ou 4 vidas e alguns continues. É claro que o potencial dos games atuais é encantador. Mas todos terminam todos os jogos – em meio a vidas infinitas, trips & tricks, memory cards, saves e checkpoints - dedicando apenas tempo. Em grande parte dos games atuais todos são vencedores...

Não acho que essa mudança de “menos diversão por mais tempo de jogo” foi um avanço natural da indústria dos games. Foi, sim, uma estratégia inteligente de lucro das produtoras para que seus jogos, cada vez mais, prendam os jogadores por meses a fio - reprisando logomarcas, produtos e personagens - esquecendo do único e principal objetivo dos games: a diversão em vencer desafios!
Eu quero jogos de continue!

CONVERSANDO COM QUEM ENTENDE...

André Sellare, além de jogador veterano, é o responsável pela edição sobre games do portal Terra, um dos maiores canais do Brasil. Site: http://games.terra.com.br

dicasdejogos.net.br: E aí grande Sellare, vamos trocar umas idéias sobre o futuro dos games. Será que a indústria de jogos eletrônicos continuará se desenvolvendo tanto ou chegamos a um nível tão alto de realismo que haverá uma estagnação?

Sellare: Não vejo estagnação para nada relacionado à tecnologia. Um bom exemplo é observar a evolução dos computadores, não importa o equipamente que você compre, pode estar certo que logo logo o mercado receberá um produto melhor. No caso dos videogames, vejo que a evelolução dos periféricos começou realmente agora, com o Nintendo Wii e graficamente com o PS3, que segundo especialistas, nenhuma produtora produziu um jogo a sua altura. Vamos ver o que vem nos proximos anos.

dicasdejogos.net.br: O que mais te impressiona no potencial dos consoles da atual geração?

Sellare: Olha, no geral os gráficos melhoraram bastante, principalmente no Playstation 3 e Xbox 360, mas fiquei de boca aberta com o Nintendo Wii, não esperava um sucesso tão grande. A Nintendo deu um tiro certo na jogabilidade e foi o grande lançamento desta nova geração.

dicasdejogos.net.br: Com o dia-a-dia cada vez mais dinâmico, os portáteis serão o futuro dos videogames?

Sellare: Pode apostar que sim. O PSP apresenta belos gráficos para um portátil e o mercado deve receber em breve uma nova versão do aparelho da Sony. O Nintendo DS vende muito bem no mundo todo, principalmente no Japão. Constantemente observamos aparelhos menores todos os anos (rádio, mp3 player, TV, celular e etc..) com os videogames não deve ser diferente, já que é uma mão na roda um aparelho destes para jogar no carro, avião ou durante as férias na praia.

dicasdejogos.net.br: Dá para imaginar como será, por exemplo o Playstation 10?

Sellare: Prefiro pensar no PS4, que segundo epecialistas, não deve sair antes de 2010. E segundo um executivo da Sony, deve contar com holografia, já pensou? Então, acho que realmente seria um grande passo a utilização de holografias e periféricos em forma de peças de roupas (que até ja foi lançado como luvas ou tapetes para simular movimentos), mas ainda falta levar ao usuário a sensação de apertar objetos e quem sabe levar um soco, hehehe.

dicasdejogos.net.br: Você acha que no futuro as produtoras de consoles enxergarão um mercado rentável no Brasil ou continuaremos esquecidos?

Sellare: Um ponto complicado, não vejo o problema nas produtoras. Vejo problema no nosso país, onde o uso de produtos piratas ainda é muito grande. Fora os impostos que são cobrados de quem importa os jogos ou aparelhos para o Brasil. Se nossos políticos acordarem, podemos chegar perto do mercado mexicano, que é muito maior que o nosso em vendas.

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Marcelo Tavares é especialista em jogos eletrônicos, trabalhou como redator de diversos canais de comunicação, em destaque ao programa Game News. Além de jornalista de games, Marcelo é um colecionador que possui mais de 70 consoles e 3 mil jogos em casa.
Site: www.marcelotavares.com

dicasdejogos.net.br: Grande Marcelo, obrigado pelo papo, meu velho! Pra começar gostaria de saber se você, como colecionador de games, está impressionado com o potencial da nova geração de consoles.

Marcelo: Realmente estou muito bem impressionado com o potencial da nova geração de consoles. Comento sempre com amigos que hoje em dia está cada vez mais difícil escolher o que jogar com tantas opções de qualidade disponíveis. Acho que os novos games por um lado estão trazendo novamente a possibilidade da diversão, liderada pela Nintendo com o Wii e seu joystick com sensores de movimento. Por outro lado, a jogatina online é algo indispensável daqui pra frente. Acho fantástico poder jogar com meus amigos pelas redes do Playstation 3 ou do Xbox 360 a qualquer hora do dia e da noite e ainda, poder me comunicar com eles com recursos de áudio e até mesmo de vídeo. Em ambos os casos são recursos que não tínhamos nos consoles clássicos, no caso dos games online por exemplo percebo que o nível de qualidade e estabilidade nos serviços atingido é excepcional, e ainda tem a possibilidade de baixar os games clássicos, isso tudo é fantástico.

dicasdejogos.net.br: Qual empresa você acredita que ganhará mais mercado no futuro dos consoles domésticos? Microsoft, Nintendo ou Playstation?

Marcelo: Se analisarmos percentualmente, a grande vitoriosa é a Microsoft. O crescimento de uma geração para outra foi algo simplesmente sensacional, o que demonstra toda a competência da Microsoft na hora de lançar um novo produto no mercado. Se o primeiro modelo do Xbox teve suas falhas, a maior parte delas foi corrigida no segundo, inclusive com relação a sua estratégia de marketing e lançamento. Sair na frente de seus concorrentes foi algo que ajudou muito a empresa a conquistar o seu espaço. Por outro lado vejo um crescimento também da Nintendo, mas algo que eu enxergo muito mais como uma busca do tempo perdido. O sucesso do Nintendo DS e do Wii são coisas que me animam demais enquanto colecionador, pois das três empresas, ela é a única que teve toda a sua trajetória de sucesso ligada ao mercado de games. A Nintendo é paixão. Me lembro da E3 2006 no lançamento do Wii, como foi difícil conseguir entrar na arena destinada aos primeiros testes do console, uma fila absurdamente gigantesca contornava o pavilhão, enquanto as outras empresas não tinham nem de longe o mesmo sucesso na feira. Tudo isso é a paixão entre os gamers e a empresa. Por outro lado o que falar da Sony? Posso resumir em uma palavra o que achei do Playstation 3: decepção. Para mim é um console que apesar de ter alguns bons títulos, apenas conseguiu trazer mais do mesmo, sem qualquer tipo de inovação, não vejo praticamente nada criado exclusivamente pela Sony para esta nova geração. Com isso ela que foi a grande líder de mercado na última década, vem perdendo espaço. Tudo isso contribui para acirrar a guerra entre os consoles de nova geração.

dicasdejogos.net.br: Dá para imaginar como os games serão em 2030? O futuro é mesmo a realidade virtual?

Marcelo: É difícil pensar como serão os games até lá, mas tenho certeza de que serão bem diferentes do que vemos hoje. Nas décadas de 70 e 80, com o surgimento de consoles como Telejogo, Atari 2600 e Odissey, se alguém dissesse que um dia, vivendo no Brasil jogaríamos com uma pessoa no Japão em tempo real com qualidade total, provavelmente diriam que éramos loucos. Mas e hoje, o que aconteceu? Coisas impensadas tem se tornado completamente possíveis. Acho que o futuro pode e deve ser mesmo a realidade virtual, mas antes vamos passar por um período de mudanças que devem trazer uma série de outras tecnologias para uso doméstico. Acredito que cada vez mais a internet será explorada, o uso de recursos de vídeo, a imagem do jogador enquanto personagem do jogo, sensores de movimento em joysticks, a reprodução de elementos reais como acessórios (skate, bicicleta, teclados de música, etc), o reconhecimento de voz, telas sensíveis ao toque e o uso da holografia. Aposto muito que este último será um dos recursos mais fantásticos utilizados pelos consoles domésticos dentro de alguns anos. É uma tecnologia já existente que precisa apenas ser melhorada e popularizada. Com tudo isso, podemos acreditar na realidade virtual para 2030 ou quem sabe antes.

dicasdejogos.net.br: Os videogames se tornaram uma plataforma de entretenimento doméstico que reúne dvd, karaoke, som e muitas outras utilidades. É possível os consoles se tornarem o eletrodoméstico do futuro?

Marcelo: Sem dúvida nenhuma, isso já está começando a acontecer, várias pessoas estão deixando de comprar equipamentos de som, players de DVD ou até mesmo computadores, optando pela aquisição de um vídeo-game da nova geração. Você já pode navegar na internet, inclusive com acesso a sites como o Youtube sem ter a necessidade de usar um computador e utilizando uma TV de alta definição em LCD. O mesmo vale para o uso do MSN Messenger e outros recursos até então presentes apenas em computadores e outros dispositivos. Já é possível colocar seu console em rede com players de mp3, telefones celulares, computadores e outros dispositivos. Os filmes em alta definição e os programas de TV também são realidade nos consoles. Eu acredito que falta apenas um amadurecimento natural destas tecnologias que tendem a se aperfeiçoar. Acho que recursos de telefone fixo e celular devem ser integrados, assim como a TV digital pode e deve ser mais bem explorada por estes novos consoles. Imagino uma sala do futuro com um ambiente muito mais clean completamente sem fios onde uma tela e um console de videogame darão conta do recado sem qualquer outro tipo de aparelho no ambiente e com controle completo sobre tudo que o usuário desejar fazer.
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É isso galera! Espero que vocês tenham curtido e aprendido bastante com essa matéria sobre a história dos jogos eletrônicos. Quando estudamos a história sobre um assunto que nos interessa é muito bom, né? Lembrem-se que os videogames são apenas uma das diversas forma de nos divertirmos. Por que não pesquisar em livros sobre outros assuntos que você nos interessa? Fiquem espertos. Abraços e até a próxima!

por:http://www.dicasdejogos.net.br

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